APIAÍ

APIAÍ O OURO TURÍSTICO DO VALE DO RIBEIRA

“O barro dá escondido. (...) Ele dá escondido, mesma coisa do ouro”, foi como a artesã Ana Gonçalves descreveu em 1989 a sua habilidade artística em cerâmica, na inscrição que está em uma placa no acervo da Casa do Artesão de Apiaí. Praticamente uma das maiores cidades do Alto Vale do Ribeira, Apiaí é um município de interesse turístico (é MIT desde junho de 2018) cuja importância regional está ligada tanto à produção de cimento industrial e cerâmica artística, como foi no passado, quando produziu jazidas de ouro. Mas é exatamente nesses quesitos ligados à sua história é que essa cidade paulista, com uma população de 24,4 mil habitantes (pelo IBGE de 2019) e localizada a 320 km de São Paulo, mostra que sabe muito bem atrair turistas.



E não são poucas as atrações de Apiaí. A começar pela topografia (montanhosa, com declives e planaltos), por ter muitas grutas e cachoeiras, a cidade é rodeada pela maior área remanescente de Mata Atlântica do País e sua região é declarada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Reserva da Biosfera do Patrimônio Mundial. O município está situado a 1050 m acima do nível do mar, sua riqueza paisagística se compõe de recursos naturais de rara beleza e não é à toa que é chamado de “O Portal da Mata Atlântica”. Apiaí tem clima frio, muito úmido, chamado de subtropical temperado marítimo, sendo que em apenas duas ocasiões os apiaienses chegaram a ver queda de neve (em 1942 e 1975).



O nome Apiaí, em tupi-guarani, significa “rio dos índios” ou, ainda, “rio menino” e sua região foi desbravada pelo capitão-mor Francisco Xavier da Rocha, que veio de Minas Gerais com 150 escravos, quando um caçador de Itapetininga contou sobre a existência de ouro na nascente do rio Apiaí. O Morro do Ouro ficou sendo então o epicentro da garimpo a partir do século XVII. No início, o povoado se chamava Capoieras (onde hoje está o distrito de Araçaíba), ganhando em 1770 o nome de Santo Antônio das Minas de Apiaí e, finalmente, Apiaí. O ouro deixou de ser explorado somente em 1942. Apiaí possui hoje uma Reserva Biológica Municipal de 2.247 alqueires de área, para preservar o remanescente florestal e possibilitar atividades de turismo educacional.



Apiaí fica no ponto mais alto da Serra de Paranapiacaba, é uma das portas de entrada para o PETAR (o Parque Estadual Turístico do Alto Vale do Ribeira), que recebe 42 mil pessoas anualmente, onde há rios, cachoeiras, 474 cavernas, biodiversidade e esportes radicais em meio à Mata Atlântica para fazerem a alegria de qualquer visitante. Já na cidade, os turistas podem contar com hotéis, pousadas, restaurantes e opções de compras de peças artesanais e comidas típicas da região. Um dos equipamentos turísticos da cidade, a Casa do Artesão possui acervo de mais de 570 obras em cerâmica feitas por moradores da zona rural, onde também se podem comprar peças utilitárias e decorativas e até compotas de doces. No Parque do Morro do Ouro, de 570 hectares, há trilhas e mirantes, além de ruínas das antigas minas de exploração do ouro, em Apiaí.

Para saber mais, clique em www.apiai.sp.gov.br