CACONDE

OS MORROS E AS ÁGUAS FAZEM A AVENTURA EM CACONDE

 

São cachoeiras, lagos, morros sem fim e opções para o turista que pratica esportes radicais e também para quem quer apenas descansar. No coração da Serra da Mantiqueira, ali onde São Paulo encontra Minas Gerais, aparece Caconde, a 291 km da Capital paulista, um dos destinos mais procurados dentre as estâncias turísticas do Estado. Além da beleza natural do entorno, a cidade proporciona festivais de música e festas regionais que acontecem quase todo mês. Os atrativos vão do turismo rural em fazendas centenárias que têm tradição em cafeicultura, até a vida noturna com bares, lanchonetes e danceterias em volta da Praça Matriz. Ao lado de outras quatro cidades, Caconde pertence à Região Turística Vales do Rio Pardo, além de integrar o Circuito Café com Leite São Paulo-Minas.

Há várias pousadas na cidade, que proporcionam boa estrutura de lazer e entretenimento, com spa, hidromassagem, cromoterapia, TV a cabo, wi-fi, café da manhã e estacionamento. Além disso, tais equipamentos também oferecem diversificada gastronomia, lareira, passeios de charretes, a cavalo, redes, trilhas pela mata, salão de jogos, piscinas, mirante, lagos com pedalinho, tirolesa, passeio de bicicletas e outras atividades. O cenário ajuda. Foi com a construção da Usina Caconde, cujas obras começaram em 1958, que a paisagem foi profundamente modificada. O represamento das águas da barragem, de 450 metros de extensão, proporcionou a formação de um lago artificial que tem 31 km² de área. Assim, Caconde, de 19 mil habitantes (pelo IBGE de 2020) recebe milhares de turistas.
 

 

Em Caconde, o Rio Pardo tem cachoeiras, remansos e corredeiras num percurso de sete quilômetros de pura aventura

Rio Pardo - Caconde / SP - Foto: Elias Gomes - expressão studio

 

São atrativos os mais variados. O Parque Prainha atende diariamente três mil pessoas, tem espaço para 150 barracas de camping, além de uma área com mata nativa e praia fluvial, com grande movimentação na primavera e no verão, aos finais de semana. O visitante chega à Prainha pela Estrada Caconde-Divinolândia, km 6, na estrada para os ranchos. Um ponto panorâmico e esotérico é a Praça do Mirante, que atende mil visitantes diariamente, para esportes como paraglider, tendo instalações e localização de cunho ecológico e estrutura de banheiros e guarda. Nas Escarpas do Rossetto (maior maciço rochoso do município), da era pré-cambriana, há lendas e histórias. Hoje, nesse atrativo cacondense, praticantes de rapel podem apreciar a beleza do local em suas escaladas e descidas.

No Lago Usina Caconde, o turista poderá praticar esportes náuticos, há clubes e ranchos para veraneio e o local propicia a pesca de lazer. Já a Usina Velha, no leito seco do Rio Pardo, há ruínas da antiga casa de máquinas de uma barragem, com lagos e mata nativa nas cercanias, chega-se até ela após um percurso de quatro quilômetros. Caconde tem cachoeiras como a Santa Quitéria, com mais de 50 metros de queda, utilizada para banhos e esportes radicais, com muito verde em volta e, por sua vez, a Cachoeira Mumbuca fica bem próxima ao lago da represa, também com 50 metros de queda. Nas corredeiras do Rio Pardo, os praticantes de esportes radicais como a canoagem, o rafting e o boiacross têm ao seu dispor todos os níveis de dificuldade, que atendem do calouro ao especialista. 

Entre as trilhas que se percorrem em Caconde, da Usina Velha é uma das mais requisitadas pelos turistas


Usina Velha - Caconde / SP - Foto: Elias Gomes - expressão studio

 

 

*Curiosidades*

 

O nome Caconde, segundo uma versão, vem de um termo africano, aplicado à povoação da região angolana banhada pelo rio Cunene e seus afluentes. A denominação foi dada pelos negros fugitivos, quilombolas, ali refugiados muito antes do ciclo do ouro em Minas.

Outra versão sobre a origem Caconde diz que seria no tupi “quaqueonde” = “lugar por onde passaram muitos” ou, ainda, através de escravos, uma vez que na África existe uma região chamada Caconda. 

Um dos primeiros nomes de Caconde, em registros históricos de 1765, é “Nossa Senhora da Conceição das Cabeceiras do Rio Pardo”. No entanto, o dia dois de março de 1775 é considerado como fundação da freguesia primitiva. Em 24 de março de 1874, é sancionada a lei criando a Comarca de Caconde que, por sua vez, é constituída estância em cinco de abril de 1966.

A Represa Caconde, com seu lago artificial, estende-se até Minas Gerais, na altura de Poços de Caldas. Essa usina gera 80.400 kW, é a primeira do Brasil a usar um escoadouro do tipo funil e a segunda do mundo em sistema de operação subterrânea. 

A Basílica Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Caconde, é uma das paróquias mais antigas da Diocese de São João da Boa Vista, é dedicada à Nossa Senhora da Conceição do Bom Sucesso e foi construída em 1775. Em 2006, passou a ter um Vínculo de Afinidade Espiritual (Vinculi Adfinitatis Spiritalis) perpétuo com a Sacrossanta e Papal Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, Itália. 

 

Não deixe de ver

...a Trilha e Capela do Pontal, onde há belíssimas paisagens silvestres. É ideal para a realização de caminhadas por cachoeiras e trilhas por vegetação ribeirinha. No topo, há a Capela, local histórico, de antigo quilombo e dá vista panorâmica para o Vale do Rio Pardo.

...a Trilha do Fuga, que é ecológica, tem rara beleza, e o antigo leito do Rio Pardo é hoje desviado. Excelente opção para praticantes de ecoturismo.

...a Basílica Santuário de Caconde, uma construção neorromânica pura e em seu interior encontram-se expostas três telas a óleo em estilo clássico, pintadas pelo pintor cacondense Edmundo Migliaccio.

...a Praça do Mirante, com cerca de 1,1 mil metros, ideal para meditar, namorar ou apreciar a vegetação de todo o local, além de permitir visão em 360 graus do horizonte. É tida como cartão postal em Caconde.

 

Como chegar

São 291 km de Caconde a São Paulo. Saindo da Capital, o turista deve acessar a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), caindo na Via Anhanguera (SP-330) na saída do km 47, ficando na rodovia até o km 86. Entrando no Anel Viário de Campinas (SP-083), sentido Mogi Mirim.

Em seguida, na Rodovia D. Pedro I (SP-065), o turista deve acessar a saída do km 133, para entrar na SP-340 (chamada Rodovia Governador Doutor Adhemar Pereira de Barros). Nela, tem que ir até à saída do km 237. 

Assim, o turista tem que acessar a rotatória do Trevo da Casa Branca e entrar na segunda saída, à direita, entrando na Rodovia Eduardo Vicente Nasser (a SP-350) até a saída do km 285. Depois, é só entrar na rodovia João Bravo Caldeira (a SP-253) até chegar a Caconde.


Para saber mais, entre no link www.caconde.sp.gov.br